Você sabe dimensionar motores para inversores corretamente?

Você sabe dimensionar motores para inversores corretamente?

Na automação industrial, a integração entre motor e inversor de frequência é fundamental para garantir eficiência, confiabilidade e economia de energia. Porém, dimensionar incorretamente esse conjunto é um erro mais comum do que se imagina e pode custar caro.

Problemas como falhas de desempenho, sobrecarga elétrica e até queima de componentes são frequentemente resultado de escolhas técnicas equivocadas.

Entender como dimensionar motores para inversores corretamente é um diferencial estratégico para técnicos, engenheiros e gestores que desejam evitar paradas inesperadas e prolongar a vida útil dos equipamentos.

POR QUE O DIMENSIONAMENTO É TÃO IMPORTANTE

O inversor controla a velocidade, torque e aceleração do motor. Se não estiver dimensionado corretamente:

  • O motor pode não atingir o torque necessário para a aplicação.
  • O inversor pode entrar em sobrecarga e travar a operação.
  • Haverá aumento do consumo de energia elétrica.
  • A vida útil de ambos os equipamentos será reduzida.

Portanto, o dimensionamento adequado garante estabilidade, segurança e eficiência energética.

PRINCIPAIS FATORES A CONSIDERAR NO DIMENSIONAMENTO

  1. Corrente nominal do motor: o inversor deve ser selecionado pela corrente, e não apenas pela potência em CV ou kW.
  2. Tipo de carga: é essencial saber se a aplicação exige torque constante (como compressores) ou torque variável (como bombas e ventiladores).
  3. Fator de serviço: considerar sobrecargas eventuais é fundamental para evitar que o inversor opere no limite.
  4. Condições ambientais: temperatura, altitude e ventilação influenciam no desempenho e podem exigir margens extras no dimensionamento.
  5. Forma de partida e parada: rampas suaves e ajustes adequados evitam impactos mecânicos e reduzem o desgaste.

EXEMPLO PRÁTICO DE DIMENSIONAMENTO

Imagine um motor de 15 CV (11 kW) cuja corrente nominal é de 22 A. Se o técnico selecionar um inversor apenas pela potência, pode acabar escolhendo um modelo de 11 kW projetado para 20 A. Resultado: o inversor pode não suportar a carga em condições de pico.

A escolha correta seria um inversor que atenda à corrente nominal real do motor (22 A) e ainda ofereça margem para sobrecargas. Assim, o sistema opera com segurança e estabilidade.

ERROS MAIS COMUNS AO DIMENSIONAR

  • Selecionar inversor apenas pelo valor em CV, sem considerar a corrente.
  • Ignorar a natureza da carga (constante x variável).
  • Não prever picos de sobrecarga em partidas ou frenagens.
  • Desconsiderar condições ambientais, como alta temperatura no painel elétrico.
  • Usar inversores subdimensionados para reduzir custos imediatos, mas aumentar riscos no médio prazo.

COMO EVITAR PROBLEMAS NA PRÁTICA

  • Sempre verifique a placa de identificação do motor e use a corrente nominal como referência.
  • Analise detalhadamente o perfil da carga para definir o inversor adequado.
  • Aplique margens de segurança (geralmente 10 a 20%) para suportar picos eventuais.
  • Utilize softwares e tabelas do fabricante para confirmar compatibilidade.
  • Registre e documente os cálculos de dimensionamento para futuras manutenções.

CONCLUSÃO: O DIMENSIONAMENTO É UM INVESTIMENTO EM CONFIABILIDADE

Dimensionar motores para inversores corretamente não é apenas uma questão técnica, mas uma decisão que impacta diretamente a produtividade, os custos operacionais e a confiabilidade do processo industrial

Um dimensionamento errado pode gerar perdas enormes, enquanto um cálculo preciso garante mais eficiência, segurança e vida útil para os equipamentos.

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Foto de Matheus Costa

Matheus Costa

Coordenador de Marketing, especializado em estratégias digitais e produção de conteúdo.

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