Trocar uma Soft Starter por um inversor de frequência parece, à primeira vista, uma evolução natural. Afinal, o inversor oferece mais recursos, controle preciso de velocidade e até economia de energia.
O problema? Muitas empresas fazem essa substituição sem avaliar as diferenças técnicas e os impactos na aplicação, e acabam enfrentando paradas, danos em motores ou até sobrecarga elétrica.
Se você está planejando essa troca, este artigo vai mostrar o erro que você precisa evitar e como fazer essa mudança de forma segura.

1. Confundir funções: Soft Starter x Inversor de frequência
A Soft Starter é projetada para partida suave, reduzindo picos de corrente no arranque.
O inversor de frequência, além de permitir partida e parada controladas, altera a frequência da alimentação, permitindo variar a velocidade do motor.
O erro: pensar que o inversor é simplesmente uma “Soft Starter melhorada” e que pode ser instalado da mesma forma, sem ajustes ou reconfigurações.
2. Ignorar as características da carga
Antes de trocar, é essencial entender o tipo de carga que o motor movimenta:
- Carga de torque constante (transportadores, compressores de parafuso)
- Carga de torque variável (bombas e ventiladores)
- Carga de alta inércia (centrífugas, moinhos)
Por que importa: o inversor precisa ser configurado e dimensionado conforme o perfil de carga para evitar sobreaquecimento, picos de corrente ou falta de torque.
3. Subdimensionar o inversor de frequência
O inversor precisa suportar não só a corrente nominal, mas também as condições de partida e possíveis sobrecargas.
Trocar “na medida” usada pela Soft Starter é um erro, pois o inversor exige margem adicional para operar de forma segura.
4. Esquecer do sistema elétrico e proteções
Ao instalar um inversor, podem ser necessários:
- Filtros de harmônicas para evitar distúrbios na rede elétrica
- Proteção contra sobrecarga e surtos
- Ajustes no sistema de aterramento
Ignorar esses pontos pode gerar falhas em outros equipamentos da planta.
5. Não reprogramar o controle do processo
O inversor abre novas possibilidades de controle, mas, se ele for instalado com a mesma lógica da Soft Starter, parte do seu potencial será desperdiçada — e, pior, pode haver instabilidade no processo.
Conclusão: Trocar com planejamento é o segredo
Substituir uma Soft Starter por um inversor pode trazer ganhos reais, mas não é uma troca simples de “encaixar e ligar”. É preciso:
- Avaliar a carga e a aplicação
- Dimensionar corretamente o inversor
- Adaptar proteções elétricas
- Configurar parâmetros e lógica de controle
O erro que mais prejudica empresas é não considerar essas diferenças, levando a custos extras e paradas inesperadas.
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